A VLI — empresa que engloba as ferrovias Norte Sul (FNS) e Centro-Atlântica (FCA) — inaugurou, no final de março, a primeira etapa das obras de transformação do corredor Centro-Sudeste, que interliga o interior de Goiás (GO), o Triângulo Mineiro (MG), a região de Ribeirão Preto (SP) e o Complexo Portuário de Santos (SP), com o início de operação do Terminal Integrador (TI) Guará. Com investimento de R$ 83 milhões, é considerada a primeira unidade de transbordo rodoferroviário da companhia, destinada exclusivamente a cargas de açúcar.
O empreendimento está localizado no quilômetro 397 da Rodovia Anhanguera, em Guará (SP), e a estimativa é de que movimentará, por ano, 2,3 milhões de toneladas do produto. As cargas originárias de usinas localizadas nos estados de São Paulo e Minas Gerais chegam ao local por meio de transporte rodoviário e ali é feita a descarga dos caminhões, o armazenamento e o transbordo do açúcar para os trens. Depois de carregados, os vagões seguem pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), que é controlada pela VLI, até o Porto de Santos. O Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam), ativo da companhia no litoral paulista, está sendo ampliado para atender às operações do corredor voltadas à exportação.
Segundo informações da VLI, a construção do TI Guará — cujo posicionamento geográfico favorece o fluxo constante dos produtos pela ferrovia — visa atender à demanda crescente por alternativas para o transporte de cargas de açúcar, ajudando na redução dos gargalos logísticos da cadeia nacional.
Estrutura
O TI Guará tem uma área construída de mais de 24 mil metros quadrados e conta com uma pera ferroviária interligada à FCA – uma solução logística em formato circular que possibilita o transbordo das cargas sem necessidade de desmembrar o trem. O terminal possui três moegas rodoviárias para descarregamento de até 300 caminhões por dia e um armazém com capacidade para receber 40 mil toneladas de açúcar. Além disso, a unidade conta com uma tulha ferroviária que carrega, simultaneamente, dois vagões.
De acordo com a empresa, a unidade operacional segue o modelo de logística integrada que já foi implantado pela VLI em outras regiões do Brasil. O terminal centraliza em um só local os carregamentos que antes eram feitos em quatro pontos diferentes, o que permite reduzir o tempo demandado para a formação de trens, tornando a cadeia de escoamento mais ágil e eficiente.
Este projeto faz parte do plano de negócio da VLI, que prevê investimentos de R$ 4 bilhões no corredor Centro-Sudeste. Os recursos estão sendo aplicados na construção de dois terminais intermodais, na ampliação do Tiplam, na compra de material rodante e em melhorias na infraestrutura da FCA.