A praticamente dois meses para o encerramento do primeiro semestre, o mercado de caminhões ainda não apresentou qualquer sinal de reação e fecha o acumulado de janeiro a abril deste ano com a venda de 25.157 veículos, registrando uma queda de 38,95% em comparação às 41.209 unidades emplacadas em igual período de 2014, segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Em abril, as vendas de caminhões apresentaram uma retração de 10,72% em relação a março, reduzindo o volume de 6.503 para 5.806 unidades, e de 46,71% na comparação com abril de 2014, quando foram emplacados 10.896 veículos.
Para Gilson Mansur, diretor de vendas e marketing de caminhões da Mercedes-Benz do Brasil, este cenário de instabilidade econômica pelo qual passa o país deve avançar até o próximo ano, sinalizando um período difícil de adequação para todos os segmentos industriais. “Agora o mercado de caminhões vai ter que se acostumar com um volume menor de vendas, saindo de um patamar de 130 mil para 80 mil unidades por ano, e as empresas terão que adequar o número de funcionários ao atual volume de produção”, afirma Mansur.
O diretor da Mercedes-Benz comenta que de toda a retração contabilizada pela empresa no acumulado de janeiro a abril, o baque maior foi no segmento de extrapesado, devido ao grande impacto pela queda nas atividades na área de construção civil e de infraestrutura.
Com uma média de seis mil caminhões vendidos mensalmente — metade do que comercializava no ano passado — a Mercedes-Benz começa a retomar gradualmente os seus negócios no mercado brasileiro. “Agora o mercado está voltando a reagir lentamente com maior demanda para os semipesados para atender aos setores de varejo, de frigorífico e ao mercado de locação”, destaca Mansur.
Ranking
A MAN Latin América liderou o mercado de caminhões no primeiro quadrimestre do ano, com 27,81% de participação nas vendas totais do mercado brasileiro. O segundo lugar ficou com a Mercedes-Benz, que garantiu 24,59%, seguida pela Ford que obteve uma fatia 19,09%, segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
A Volvo foi a quarta colocada no ranking acumulado de janeiro a abril, com 10,83% de participação nas vendas. Na sequência vem a Scania com 6,71%, a Iveco com 5,99% e a Hyundai com 2,82%.